Pygocentrus Piraya

Datasheet

Descrição Geral:

Os Pirayas (Pygocentrus Piraya) são conhecidos como predadores vorazes capazes de se alimentar rapidamente de carne, mas não há evidências concretas de ataques a seres humanos. Pertencentes à família Serrasalmidae e à ordem Characiformes, possuem características distintas, como um corpo comprimido e nadadeiras dorsais longas. Esses peixes são encontrados em diversas áreas, desde planícies alagadas até cabeceiras de rios na América do Sul.

Habitat e Distribuição:

Os Pirayas são nativos da bacia do rio São Francisco, no leste do Brasil, incluindo importantes afluentes como os rios das Velhas e Grande. Além disso, uma população introduzida habita o reservatório Pedra do Cavalo no estado da Bahia. Podem ser encontrados em canais de rios, tributários menores, lagos de planície de inundação e grandes reservatórios formados por represas.

Setup do Aquário:

Para a manutenção dos Pirayas em aquários, é sugerido um tanque de pelo menos 10000 litros, sendo indicado mantê-los sozinhos devido à agressividade entre adultos quando o espaço é limitado. A decoração do aquário pode variar de acordo com o gosto pessoal, mas plantas decorativas podem ser consumidas pelos peixes. A limpeza do aquário é essencial, sendo recomendada a troca de 30-50% da água semanalmente.

Comportamento:

Os Pirayas devem ser mantidos sozinhos, pois são extremamente agressivos entre si, especialmente em espaços reduzidos. No entanto, adultos bem alimentados podem conviver com peixes menores. São reconhecidos por serem oportunistas na alimentação, incluindo peixes, invertebrados aquáticos, insetos, frutas e sementes. Em aquários, podem ser alimentados com larvas de quironomídeos, pequenos vermes, camarão picado, entre outros.

Alimentação e Dieta:

Considerados generalistas, os Pirayas não são exclusivamente carnívoros. Em cativeiro, sua dieta pode incluir larvas de quironomídeos, pequenos vermes, carne de peixe, camarão, mexilhão, entre outros alimentos. É importante evitar alimentos como carne bovina ou de aves, pois os lipídios presentes podem causar problemas de saúde nos peixes. A introdução de peixes vivos como alimento não é recomendada devido ao risco de doenças.

Reprodução e Dimorfismo Sexual:

A reprodução dos Pirayas não foi registrada, mas é provável que sigam uma estratégia semelhante a outras espécies do gênero Pygocentrus. Fêmeas tendem a atingir um tamanho adulto maior que os machos, e durante os períodos reprodutivos, apresentam um corpo mais arredondado. As áreas preferidas para desova incluem vegetação marginal inundada e gramíneas em lagos de planície de inundação.

Etimologia:

O nome Pygocentrus deriva do grego antigo, significando "rabo", e "centrón", em referência aos serrilhados membros do gênero. Já o termo piraya provém de um nome vernacular local para o peixe.