Botia Kubotai

Datasheet

Comportamento

O Botia Kubotai não é especialmente agressivo, porém não deve ser mantido com peixes muito menores, pois estes podem ser intimidados pelo seu tamanho e comportamento muito ativo. Espécies de movimentação lenta e longas nadadeiras, como os bettas ornamentais, guppies e muitos ciclídeos, também devem ser evitadas, pois suas nadadeiras podem ser beliscadas. Companheiros de tanque mais adequados incluem ciprinídeos pacíficos que habitam a parte superior da água, enquanto em tanques maiores, membros de Barilius, Luciosoma, Balantiocheilos e Barbonymus tornam-se opções. Em termos de outros habitantes do fundo do tanque, eles se sairão bem ao lado de outros Botia, e em tanques muito grandes, ao lado do Chromobotia Macracanthus. Alguns ciprinídeos e loaches do gênero Nemacheilid também são possibilidades, assim como membros de Epalzeorhynchos, Crossocheilus e Garra, além de muitos bagres. É recomendada uma pesquisa completa antes de selecionar uma comunidade de peixes. Os Botia spp. são animais gregários, formam hierarquias sociais complexas e devem ser mantidos em grupos de pelo menos 5 ou 6 espécimes, de preferência 10 ou mais. Quando mantidos sozinhos, podem se tornar retraídos ou agressivos em relação a peixes de forma semelhante, e se apenas um par ou trio for adquirido, o indivíduo dominante pode estressar os outros a ponto de pararem de se alimentar. Eles aparentemente necessitam de contato regular com conspecíficos, um fato exemplificado por uma série de rituais comportamentais que têm sido registrados consistentemente em aquários.

Alimentação e Dieta

Embora os Botia Kubotai sejam principalmente carnívoros, também comem matéria vegetal se disponível, incluindo plantas aquáticas de folhas macias. Sua dieta natural inclui moluscos aquáticos, insetos, vermes e outros invertebrados. Eles são comedores pouco exigentes, mas devem ser oferecidos uma dieta variada composta por produtos secos de qualidade, bloodworm vivo ou congelado, Tubifex, Artemia, etc., além de frutas frescas e vegetais, como pepino, melão, espinafre cozido ou abobrinha. Alimentos caseiros feitos com uma mistura de ingredientes naturais e ligados com gelatina também são altamente recomendados. Minhoca picada também pode fornecer uma fonte útil de proteína, mas deve ser usada com moderação, e embora a maioria dos botiídeos também se alimente de caramujos aquáticos, nunca devem ser considerados a solução para uma infestação, uma vez que não são moluscívoros obrigatórios. Uma vez adaptados a um aquário, são comedores destemidos e frequentemente sobem até a parte média da água na hora das refeições.

Reprodução e Dimorfismo Sexual

A maioria dos botiídeos não foi reproduzida em aquários, embora alguns, incluindo o Botia Kubotai, estejam sendo produzidos comercialmente por meio do uso de hormônios. Infelizmente, essa prática tem sido levada a um nível diferente nos últimos anos, com o surgimento de vários híbridos no mercado, incluindo um aparente cruzamento entre uma forma de B. histrionica e Chromobotia macracanthus. Fêmeas sexualmente maduras normalmente possuem um corpo mais cheio do que os machos, com um focinho arredondado, enquanto os machos têm um focinho alongado com lábios mais carnudos.

Habitat e Distribuição

O Botia Kubotai parece ser endêmico das nascentes da bacia do rio Salween, na fronteira entre Mianmar e Tailândia. Exemplares-tipo foram coletados no Megathat Chaung (rio Megathat) na bacia do alto Ataran (conhecido como Kasat em tailandês), no estado de Kayin/Karen, Mianmar, e outra população foi posteriormente descoberta no rio Hanthayaw (Suriya em tailandês), província de Tak, Tailândia.