Hyphessobrycon Melanostichos

Datasheet

Comportamento:

"H. melanostichos pode tornar-se territorial em aquários mais pequenos e em aquários maiores com limites, mas se os números forem mantidos em 10 ou mais, esse comportamento não deve causar problemas. É uma espécie gregária que forma hierarquias soltas, com os machos rivais continuamente lutando entre si pela atenção das fêmeas e pela posição dentro do grupo. Os machos também exibirão uma coloração melhor na presença de rivais da mesma espécie. Apesar de ser territorial, em aquários maiores, este peixe mostrará pouca ou nenhuma agressão em relação a outras espécies, mas ainda é necessário ter cuidado com companheiros de tanque de barbatanas longas. Peixes robustos que habitam biótopos semelhantes na natureza, especialmente caracídeos de águas abertas de tamanho comparável, talvez sejam as melhores escolhas, mas outras opções potenciais incluem gasteropelecídeos, lebiasinídeos, pequenos calictídeos ou bagres loricarídeos e alguns ciclídeos de pequeno a médio porte. Se a geografia não for um problema, muitos arco-íris e ciprinídeos também são adequados, mas certifique-se de pesquisar suas escolhas cuidadosamente antes da compra."

Alimentação e Dieta:

"Provavelmente é onívoro, se alimentando de pequenos invertebrados, crustáceos, algas filamentosas, frutas caídas e similares na natureza. Em aquários, pode sobreviver com uma dieta de alimentos secos, mas, como a maioria dos peixes, se sai melhor quando oferecido um cardápio variado que, neste caso, também deve conter larvas de chironomídeos (bloodworm), larvas de mosquito, Daphnia, Moina, etc."

Reprodução:

"É um desovador livre, sem cuidado parental. Quando em boas condições, os adultos desovarão frequentemente, e em um aquário maduro, é possível que pequenos números de alevinos comecem a aparecer sem intervenção. No entanto, se desejar maximizar a produção, uma abordagem mais controlada é necessária. O grupo de adultos ainda pode ser condicionado em conjunto, mas um aquário menor também deve ser preparado e preenchido com água ligeiramente mais fria do que a do tanque normal deles. Curiosamente, a desova geralmente é mais bem-sucedida quando machos e fêmeas são condicionados separadamente. Este ambiente deve ser muito pouco iluminado e o fundo coberto com algum tipo de malha de granulação suficientemente grande para que os ovos possam passar, mas pequena o suficiente para que os adultos não consigam alcançá-los. As esteiras plásticas tipo "grama" amplamente disponíveis também podem ser usadas e funcionam bem, assim como uma camada de bolinhas de vidro. Alternativamente, preencher grande parte do aquário com uma planta de folhas finas, como Taxiphyllum spp. ou fios para desova, também pode dar resultados decentes. A água em si deve ter um pH ligeiramente ácido a neutro e uma temperatura para o extremo superior da faixa sugerida acima. Um filtro de esponja alimentado por ar ou pedras de ar também deve ser incluído para fornecer oxigenação e movimento de água."

Dimorfismo Sexual:

"O dimorfismo sexual é limitado fora da condição de acasalamento. Ambos os sexos mantêm um tamanho geral semelhante, mas as fêmeas podem ter o corpo mais profundo, especialmente quando bem condicionadas/grávidas. Durante o namoro, os machos adquirem uma cor geral mais escura com tons avermelhados na cauda. Em aquários, os machos também podem perseguir conspecíficos de tempos em tempos, algo que as fêmeas dificilmente fazem."

Habitat e Distribuição:

"Endêmico do Rio Doze de Outubro da bacia superior do Rio Tapajós, no Brasil. Um peixe similar, referido como Hyphessobrycon cf. melanostichos, é encontrado no Rio Teles Pires, mas não está claro se isso será descrito como uma nova espécie ou não."